Curitiba OilMans
O OilMans já era considerado favorito desde o início. O GM Rodrigo conseguiu fazer um excelente draft e montou uma equipe que é forte em todos os quesitos. Rondo vem jogando como o melhor armador da NBA nas últimas semanas. Jason Richardson e John Salmons fazem um bom combo em pontos e bolas de 3. Duncan faz seus 20 pontos e 10 rebotes por noite com aquela cara de quem está vendo algum debate na TV Senado. Marcus Camby é um dos jogadores mais bizarros no fantasy. Ele pode fazer tudo, até matar uma bolinha de 3 de vez em quando. Enfim, o Curitiba tem várias alternativas e pode mudar de acordo com o adversário. Deverá avançar a final da Conferência e é candidato ao título, mas tem de tomar cuidado com os rivais, que são mais perigosos na Conferência Raimundos.
Salvador Blue Marlins
O time baiano, do falastrão Silvano, é outro candidato ao título. Com um time desses eu também falaria bastante nos trash talks da liga. Baron Davis vem jogando muito bem no Clippers e – o melhor – sem lesões. Vince Carter se adaptou bem ao Magic e contribui bastante. Kevin Love é uma máquina de duplo-duplos e faz um forte dupla de garrafão com Dwight Howard. Jason Thompson evolui cada vez mais o seu jogo e é um ótimo sexto homem. O calcanhar de aquiles da franquia, entretanto, é na posição 3. Kelena Azubuike se machucou, Travis Outlaw também e Jared Dudley, por melhor que esteja jogando, está longe de ser um jogador ideal para a titularidade. Mesmo assim, o Blue Marlins deve chegar longe nos playoffs. Se estivesse na Conferência Lula, sua presença na final estaria praticamente garantida, mas a Conferência Raimundos é indigesta, então é preciso abrir o olho.
Nomad Vagabonds
Assim como o OilMans e o Blue Marlins, o Vagabonds é considerado candidato ao título desde o início. O time mostrou profundidade quando perdeu Chris Paul no início da temporada e continuou vencendo mesmo assim. O time titular assusta, com jogadores bons em todas as posições, destaque para Manu Ginóbili, Rudy Gay e Marc Gasol. De uma coisa podem ter certeza, o Vagabonds chega às semifinais de Conferência e fará um duelo eletrizante com quem quer que seja por uma vaga nas finais do Raimundos, o Oeste da LPV.
Brasília Black Coffee
Outro time que entra na lista dos que surpreenderam positivamente. O GM Perdigão conseguiu montar uma boa base em volta de Joe Johnson e, algum tempo depois, conseguiu Brandon Roy, que tem tudo para ser um dos melhores jogadores da próxima década. O time é bem montado, o vovô Kidd contribui em assistências, roubos, bolas de 3 e rebotes. Luol Deng, por sua vez, ajuda em pontos e rebotes. David Lee também faz seus duplo-duplos constantemente. O ponto mais fraco da equipe é no pivô. Mehmet Okur é bom, mata bolas de 3, algo raro na posição, mas pega poucos rebotes para um grandalhão. Mesmo assim, o Black Coffee deve avançar a segunda rodada dos playoffs. O que conseguir daí pra frente é lucro.
SP B-Workers
O time da capital paulista é bom, mas deu azar de cair na Conferência mais forte do campeonato. Se estivesse no lado oposto, apostaria em uma final de conferência para eles. Como está na Raimundos, acho difícil que eles consigam chegar tão longe, mas é bom não duvidar. Um elenco que tem Derrick Rose e Danny Granger, além de Al Horford e Eric Gordon, não pode ser descartado. Granger pode ganhar partidas de fantasy praticamente sozinho e isso pode ajudá-los em uma série de playoff. Mas o que mais me assusta é o fato desse time ser muito novo e já estar fazendo bonito, é uma espécie de Thunder da LPV. Na próxima temporada o B-Workers estará mais forte.
Palmas Hell Heat
A partir daqui a briga pelos playoffs é intensa. O Palmas Hell Heat não era cotado para estar nessa posição antes da temporada, ainda mais pelo fato de estar na Conferência mais difícil do certame. Mas o time, que tem seu alicerce em Mo Williams, Kevin Durant e Amare Stoudemire, vem fazendo um belo papel. O GM Andrey também foi muito sagaz ao conseguir o decente Samuel Dalembert para jogar de pivô logo após saber da perda do titular, Greg Oden. O “Calor dos Infernos” tem tudo para chegar a pós-temporada, mas com certeza terá uma pedreira pela frente logo na primeira rodada.
São Paulo Stealers
Se o Kurosaki Falcons é o Clippers da LPV, o Stealers pode ser considerado o Blazers. A uruca sobre o time da capital paulista também foi braba nos primeiros meses da temporada. O time perdeu praticamente todos os seus armadores por lesão, chegando a jogar com dois jogadores a menos. Quando jogou completo, porém, se mostrou uma das melhores equipes da liga. Carmelo Anthony atravessa a melhor fase da carreira, assim como o jovem Louis Williams. Josh Smith faz de tudo um pouco e a equipe deve melhorar quando Kevin Martin retornar de lesão. Se conseguir juntar os cacos antes dos playoffs, dará muito trabalho na pós-temporada.
Dericagão Bullets
Pode-se dizer que o Bullets corre por fora. Após um começo instável, a equipe conseguiu algumas vitórias consecutivas e subiu na tabela. Desde então, permanece entre 5º e 8º lugar na Conferência Raimundos, o suficiente para ir aos playoffs. O problema é que a equipe parece estar na perigosa linha intermediária. Ou seja, não é ruim o suficiente para pegar uma boa escolha no draft e também não está entre os candidatos ao título. Se o armador Devin Harris melhorar sua performance, o Bullets poderá avançar um pouco mais no mata-mata.
Sampa City Marauders
O time paulistano é um bom exemplo da força da Conferência Raimundos. Se estivesse na divisão oposta, o Marauders poderia estar tranquilamente na zona de classificação para os playoffs. A equipe, do GM e apresentador da Rede Globo Alexandre Garcia, teve um início claudicante, e isso se deve ao excesso de testes feitos pelo treinador. Se não mudasse tanto a escalação, talvez o Marauders tivesse vencido algumas partidas a mais. Há pouco tempo, o time se desfez do turco Hedo Turkoglu, talvez cansado de pagar milhões de doletas por ele e não ter o retorno esperado. Mesmo assim, o Marauders tem um bom elenco, com Deron Williams, Allen Iverson, Stephen Jackson, Danilo Gallinari (um dos maiores steals do draft) e Roy Hibbert. Porém, o time não pode deslizar senão o sonho dos playoffs será adiado para a próxima temporada.
Niterói Spaceship
Tai o caso mais estranho da LPV, na minha opinião. O time é bom, com jogadores de qualidade em todas as posições e não sofreu tanto com contusões como outros times (as exceções foram Ben Gordon e Joel Przybilla), mas está praticamente fora da briga pelos playoffs. No caso do time carioca, o GM Bruninho não tem culpa nenhuma. Ele fez tudo certo, draftou caras talentosos,mas eles simplesmente tiveram suas habilidades roubadas, pelos Monstars talvez. Al Jefferson teve um início de temporada ruim e só está se acertando agora, mesmo assim parece muito incomodado com a presença de Kevin Love. Boris Diaw voltou a ser o jogador irregular que era no Suns e Ron Artest teve suas médias reduzidas devido à profundidade do Lakers. Apenas o calouro Russell Westbrook vem correspondendo, mas nem tudo está perdido para Niterói. O time é bom e ainda pegará um dos melhores novatos do próximo draft. Enfim, tenham medo do Spaceship na próxima temporada. Por enquanto, vale à pena dar uma zoada no Denis, que errou feio em sua previsão.
São Bernardo Hot Dogs
O Hot Dogs é o Robin Hood da LPV, pois dificulta os jogos contra os times favoritos ao títulos (como Blue Marlins e Wolves) e perde para times teoricamente mais fracos. O problema da equipe bernardense está no perímetro. Assim como no caso do Venâncio Smokers, jogadores como Steve Blake, Randy Foye e Jarrett Jack são ótimos coadjuvantes, mas não devem ser colocados como titulares. Já no garrafão a história é completamente diferente. O time tem Chris Bosh, Brendan Haywood, Kenyon Martin e Andrei Kirilenko, que poder ser utilizado como PF. Pode ser considerado um dos melhores frontcourts da liga. Talvez a saída para melhorar seja buscar uma troca que traga algum PG e SG de mais qualidade, abrindo mão de um desses talentos do garrafão. Uma boa escolha no próximo draft também pode ajudar.
Coimbra Hustle
De acordo com pesquisa do Instituto Data Foda-se, o Hustle é o time que menos arrecada dinheiro com a venda de camisas e o motivo é simples: a equipe faz muitas trocas e a torcida não sabe qual jogador está no elenco. Comprar o manto do T-Mac já é coisa do passado, a moda em Coimbra é comprar a camisa do Gasol, único intocável na terrinha. Junto com o Kei, do Blackcats, o nosso amigo portuga pode ser considerado o GM mais animado quando o assunto é troca. Muitas negociações foram questionáveis, mas sinceramente eu gostei das últimas negociações que o Carlos fechou. Ele aposta na juventude, com Jonny Flynn, Mike Conley, Blake Griffin e Thaddeus Young, e isso pode render frutos a longo prazo. Se os novatos Griffin e Flynn evoluírem o que deles se espera, o Hustle terá uma boa base. O ponto fraco da equipe, no entanto, continua sendo um SG. Talvez o time devesse buscar um jogador dessas características no próximo recrutamento.