Análises by João Guilherme – Parte 1
Falcons – Marlins – Ballers – Vagabonds – Patriots – Marauders
Kurosaki Falcons
PG: Mo Williams
SG: George Hill
SF: Luol Deng
PF: David West
C: Dwight Howard
6°: Stephen Jackson
Primeiro campeão e uma das franquias mais tradicionais da LPV, o Kurosaki Falcons não fez grandes mudanças em relação ao elenco que chegou às semifinais de conferência na última temporada. Embora ainda tenha um time respeitável e conte com o melhor pivô da liga, o Falcons parece ter perdido espaço para outros times na corrida pelo título. O ponto forte da equipe segue sendo Dwight Howard, com seus ótimos números em rebotes e tocos, principalmente. Resta saber se a produção do Superman será afetada com a chegada ao Lakers. Caso isso ocorra, o Falcons perde um pouco de sua força. Se a troca de Howard pode ter sido prejudicial, o GM Marquinhos tem motivos para comemorar a ida de Mo Williams para o Jazz. Até então reserva de Chris Paul no Clippers, o veterano armador deverá ter papel importante em Utah e irá contribuir em pontos, assistências e bolas de 3 pontos. Luol Deng é outro pilar da equipe, que dependerá muito da sua versatilidade para alçarvoos mais altos nesta temporada. Outro fator fundamental para definir o sucesso do time no certame será a produção do ala-pivô David West e do armador George Hill. Se aumentarem suas médias no Pacers, a equipe poderá incomodar ainda mais os rivais. O principal problema, no entanto, é definir o sexto homem do time. Stephen Jackson não terá tanto espaço no Spurs, mas a princípio parece ser o nome mais indicado a ocupar a posição. Outras opções são os jovens Chase Budinger e John Henson, mas dependerá do papel que esses atletas terão em suas respectivas equipes. Embora não tenha a mesma força de antes, o Falcons tem muita tradição e costuma crescer em momentos decisivos, portanto é bom ficar de olho na equipe.
Previsão: Chega aos playoffs
Salvador Blue Marlins
PG: Jrue Holliday
SG: Andre Iguodala
SF: Paul George
PF: Kevin Love
C: Al Jefferson
6°: JaVale McGee
Desde o início da liga que o Salvador Blue Marlins chega perto do título da conferência, mas falta fôlego no final. A equipe baiana também manteve a base que alcançou as finais de conferência na última temporada. Uma movimentação, no entanto, pode acrescentar aquilo que faltava para chegar ao tão sonhado caneco e atende pelo nome de Al Jefferson. O pivô jogou o último campeonato por um dos maiores rivais do Marlins, o Coimbra Hustle, mas foi trocado pela franquia portuguesa na offseason. Ao saber disso, o GM Silvano Vianna ligou para o Marão, dono do Uberaba Wolves (detentor do passe de Jefferson), e ofereceu uma viagem de graça à Bahia (de ônibus) e vatapá ilimitado ao mineiro em troca do passe de Big Al. Marão aceitou e agora deve estar pedindo carona na beira de alguma estrada para voltar pra casa. Enquanto isso o Marlins tem uma dupla de garrafão poderosa nas figuras de Jefferson e o intocável Kevin Love. Se não bastasse isso, as movimentações da NBA parecem ter sido favoráveis ao time baiano. A mega-troca de Dwight Howard foi boa para o Marlins por duas razões. A primeira é que Andre Iguodala vai para um time em que seu estilo de jogo se encaixa perfeitamente. A outra é que, com a saída de Iggy, o jovem armador Jrue Holliday terá a bola nas mãos por mais tempo e será o responsável por comandar o ataque do Sixers. Sendo assim, espera-se que Holliday melhore suas médias, principalmente em assistências, quesito no qual sua produção foi pífia para um armador. Paul George e JaVale McGee, por sua vez, têm tudo para evoluírem na próxima temporada. As situações dos dois, no entanto, são diferentes. George já se firmou como um dos principais jogadores do Indiana Pacers. McGee, por sua vez, ainda tem algo a provar e precisa mostrar que os treinamentos com Hakeem Olajuwon surtiram efeito para a evolução de seu jogo e QI basquetebolístico. Os jovens Austin Rivers, Thaddeus Young e Terrence Jones também podem ser boas opções no decorrer do campeonato. Caso seus jogadores confirmem as expectativas, o Blue Marlins tem tudo para brigar pela taça neste ano. A luta, contudo, não será fácil. Outros times se reforçaram e também tem a mesma fome para conquistar o campeonato.
Previsão: Briga pelo título
Big Field Ballers
PG: Kyle Lowry
SG: Dwyane Wade
SF: Klay Thompson
PF: Ryan Anderson
C: Andrea Bargnani
6°: Kemba Walker
O Big Field Ballers é mais um do grupo de times que pouco se mexeram para a atual temporada. No papel, a equipe tem bons titulares e isso já deve ser o suficiente para que eles briguem pelos playoffs na Conferência Lula. O principal armador do time, Kyle Lowry, foi trocado para o Toronto Raptors e fará uma disputa ferrenha com Jose Calderon pela titularidade. Essa briga é fundamental para definir o futuro do Ballers na LPV. Se Lowry desbancar o espanhol, o Ballers terá um jogador que contribui com um pouco de tudo. Caso afunde no banco do time canadense, o GM Anderson Oliveira terá que pensar em uma forma de mudar a escalação. Se na armação o Ballers ainda vive essa incerteza, o mesmo não se pode dizer das posições 2 e 3. Dwyane Wade é titular inquestionável e continuará sendo o astro da equipe enquanto sua saúde permitir. O novato Klay Thompson, por sua vez, se firmou como titular do Warriors e tem tudo para fazer uma ótima temporada. A posição de sexto homem parece estar nas mãos de Kemba Walker. O armador teve uma boa temporada de estreia na NBA e deve ganhar mais espaço neste ano. Os problemas do Ballers começam quando se fala do garrafão. Ryan Anderson e Andrea Bargnani são bons jogadores, mas não contribuem em quesitos cruciais para os pivôs: rebotes e tocos. Para piorar a situação, Anderson deve ter um papel menor em seu novo time (New Orleans Hornets) para dar espaço ao calouro Anthony Davis, o que certamente resultará em uma queda nos seus números. Ao mesmo tempo em que tem potencial para ser forte em pontos, roubos e bolas de 3, o Ballers é quase nulo em rebotes e tocos. Isso pode custar caro em uma liga apertada e imprevisível. Mesmo assim, deve garantir uma vaga na pós-temporada.
Previsão: Chega aos playoffs
Nomad Vagabonds
PG: Chris Paul
SG: Rodney Stuckey
SF: Paul Pierce
PF: Nenê
C: Emeka Okafor
6°: Dion Waiters
O atual vice-campeão da liga foi um dos times que mais se mexeu na offseason. O principal jogador, Chris Paul, continua lá e dita o ritmo dos nômades, mas agora ele tem as companhias de Rodney Stuckey, Nenê, Emeka Okafor e do novato Dion Waiters, que chegou via draft. Apesar de ter mantido sua base (CP3 e Pierce), o Vagabonds parece ter se enfraquecido em relação a última temporada. Embora conte com bons jogadores, o time não conseguiu repor as perdas com o mesmo nível. O melhor exemplo disso é a transição de pivôs. Se no último ano o Vagabonds contava com Kevin Garnett e Marc Gasol, agora o time tem a disposição o brasileiro Nenê e o veterano Emeka Okafor, ambos com histórico de lesões e produções menores que seus antecessores. Já a perda de Jason Terry foi reposta com a chegada de Rodney Stuckey, que deve produzir números semelhantes, ainda que os dois tenham estilos diferentes. Por fim, a aposta é no calouro Dion Waiters. A torcida do Vagabonds ficará feliz se o calouro confirmar a expectativa de ser um bom pontuador. Caso Waiters seja um bust, o Vagabonds terá outras opções para o posto de sexto homem, como o jovem Al-Farouq Aminu, o veterano Udonis Haslem ou o russo Alexey Shved. Isso, no entanto, não deve ser suficiente para que o time repita o título da Conferência Raimundos do último ano. A briga dos nômades parece ser conseguir uma vaga nos playoffs e tentar beliscar uma vaga na semifinal de conferência.
Previsão: Chega aos playoffs
Vilas Orange Patriots
PG: Devin Harris
SG: Kevin Martin
SF: Metta World Peace
PF: LaMarcus Aldridge
C: Andrew Bogut
6°: Terrence Ross
O novo GM Luiz Felipe adotou por uma postura conservadora em seus primeiros meses na liga e manteve a base do time que jogou os últimos três (!!) campeonatos. O ponto forte da equipe é o garrafão, com a dupla LaMarcus Aldridge e Andrew Bogut. Os dois podem formar uma boa combinação de pontos, rebotes e tocos, mas antes disso é preciso torcer para que o pivô australiano se mantenha saudável. Bogut pouco jogou nos últimos anos e tem dado mais trabalho no departamento médico do que na quadra. O resto da equipe, porém, tem pouco a oferecer. O armador Devin Harris entrou em decadência nos últimos anos e ainda terá que brigar por minutos com Jeff Teague no Hawks. Kevin Martin é titular no Rockets, mas ganhou a concorrência do novato Jeremy Lamb. Metta World Peace é aquele tipo de jogador que contribui mais nadisciplina tática do que com números. O novato Terrence Ross fez uma boa Summer League e pode ser uma boa surpresa para a equipe, mas ainda assim é pouco para brigar por algo na fortíssima Raimundos. Talvez o plano ideal para a equipe seja acumular escolhas de draft e tentar montar uma base ao redor de Aldridge. O time pode até feder por algum tempo, mas pode mudar o rumo se souber utilizar suas moedas de troca por promessas da loteria nos próximos anos.
Previsão: Loteria do draft em 2013
Sampa City Marauders
PG: Deron Williams
SG: Wesley Matthews
SF: Danilo Gallinari
PF: Mirza Teletovic
C: Roy Hibbert
6°: Ramon Sessions
O Sampa City Marauders chega para a temporada 2012/2013 da LPV com praticamente a mesma equipe que disputou o último campeonato. O lado bom de ter mantido a base é poder contar com um dos melhores armadores da liga, Deron Williams, e um dos pivôs mais jovens e promissores, Roy Hibbert. Essa dupla promete dar muitas alegrias ao torcedor da franquia paulistana. Embora tenha sido alvo de rumores de troca, o italiano Danilo Gallinari permaneceu no time e também pode contribuir com números sólidos, já que tem um papel importante no Denver Nuggets. O jovem Wesley Matthews também tem sua titularidade assegurada, ao menos por enquanto, mas precisa evoluir seu jogo e se livrar da maldição de contusões em Portland As principais lacunas da equipe estão na posição 4 e de sexto homem. A princípio, o armador Ramom Sessions parece ser o favorito para assumir o posto de principal reserva, mas sua situação fica indefinida porque não se sabe ao certo o papel que o jogador terá no Charlotte Bobcats. O buraco no ala-pivô, entretanto, é o que impede o Marauders a lutar por algo maior na liga. O provável titular Channing Frye ficará de fora da temporada devido a um problema cardíaco. Sendo assim, as opções que restam são os novatos Joel Freeland, Mirza Teletovic e Bernard James. Nenhum deles empolga e também não há perspectiva de que tenham papéis relevantes em seus times. Assim, o GM Alexandre Garcia torce para que um deles evolua e ganhe espaço para definir quem será o PF titular. Na Conferência Raimundos, no entanto, isso pode ser fatal.
Previsão: Briga pelos playoffs