Na última parte da análise do draft 2018 nós vamos falar sobre três equipes que tiveram escolhas na segunda rodada e outros três times que não participaram do draft.

Como foi dito nos posts anteriores, nós copiamos a ideia do comissário Denis Silver de classificar os times por selos, mas os nossos são um pouco diferentes. Sem mais delongas, vamos a eles.

Selo Kall: O nosso querido Kall, GM do Morato Panthers, é considerado o mago dos drafts. Para você ter uma ideia, ele já selecionou Damian Lillard, Victor Oladipo e Donovan Mitchell. A sua maior proeza, no entanto, foi draftar Draymond Green com a escolha 38 em 2012. Menção honrosa para a seleção do honesto E’Twaun Moore com a escolha 43!! Ou seja, nós já sabemos que Shai Gilgeous-Alexander será o melhor novato da classe, não é mesmo? Selo para os times que fizeram a escolha certa.

Selo Propagandas do Marcola na CVC: Marcola é um cara com várias habilidades e um gênio incompreendido. O primeiro GM campeão da liga costuma levar seus talentos para os campos do Fifa e mostra muita competência como comentarista de fantasy, o que lhe rendeu o apelido carinhoso de craque Neto. Mas é como garoto-propaganda da CVC é que ele tem feito mais sucesso e conquistado milhões de seguidores pelo mundo. É verdade que as propagandas são criativas e engraçadas, mas não deixa de ser um pouco bizarro também. Selo para os times que fizeram o que dava.

Selo Sylrurgia: Sylrurgia é uma derivação da palavra Sirurgia, essa muita utilizada pelos falantes do Silvanes. Trata-se de um idioma raro, com poucos falantes no mundo e que também se caracteriza por não utilizar a pontuação na escrita. O selo Sylrurgia vem com o carimbo Dr. Bumbum de qualidade. Precisa dizer mais alguma coisa?  Selo para times que fizeram escolhas equivocadas e vão se arrepender durante alguns anos.

Sampa City Marauders – Selo Kall

Jerome Robinson, SG

O Sampa City Marauders iniciou o draft sem escolhas, isso porque havia trocado as suas nos últimos anos. Uma delas, inclusive, tornou-se a pick número 1 do draft, o que gerou muita lamentação entre os torcedores da franquia, que queriam ver uma dupla entre Luka Doncic e Paul George. O GM Alex Garcia, porém, aproveitou que algumas equipes estavam acima do cap e não queriam alocar outro salário de novato em seus planteis para pegar a escolha 32 do recrutamento. Com ela, o time paulistano selecionou o ala-armador Jerome Robinson, o que pode ter sido um dos steals do draft.

No draft da NBA, Robinson foi selecionado na escolha 13 pelo Los Angeles Clippers. Então por que ele caiu até a 32ª posição no recrutamento da LPV? Acredito que dois fatores pesaram aqui. O primeiro é que Jerome Robinson foi para um time na NBA com MUITOS jogadores de perímetro, isso certamente irá dificultar a sua vida para conseguir minutos no ano de novato. O outro ponto é que Robinson não parece ser o cara que ajudará em muitas categorias do fantasy. Pontos e bolas de 3 nós sabemos que ele é capaz de fazer, mas e o resto?

Talvez por isso ele tenha caído tanto no draft da nossa liga, mas o Alex fez a coisa certa e sai do draft com uma escolha de loteria da NBA. Para quem não tinha nenhuma e contava com poucas peças de troca para conseguir alguém relevante no draft, ter escolhido um jogador com o potencial de Robinson na segunda rodada foi um achado.

 

São Paulo Stealers – Selo Sylrurgia

Jalen Brunson, PG

Landry Shamet, PG/SG

O São Paulo Stealers optou por reforçar ainda mais o seu perímetro neste draft. A questão aí é: Com Lonzo Ball, Jeff Teague e Malcolm Brogdon será que era realmente necessário investir na posição? Entendo que é difícil fazer algo com as escolhas 33 e 39, mas talvez buscar jogadores de posições mais carentes de opção no elenco fosse a melhor opção.

Jalen Brunson foi campeão universitário em Villanova e caiu para o final do draft tanto na NBA quanto na LPV. Dizem que a sua queda é devido aos resultados não muito animadores no Draft Combine. Outro ponto negativo é ter caído em um Dallas Mavericks que tem Dennis Smith Jr, Luka Doncic e ainda os veteranos JJ Barea e Devin Harris para a armação, ou seja, a competição por minutos deverá ser dura no Mavericks para o garoto.

Landry Shamet é outro calouro que terá uma árdua competição para conseguir seu espaço. Se há uns anos o Sixers era o melhor time para os novatos, justamente porque não se importava em desenvolvê-los, agora é um time com grandes ambições na temporada e que não parece estar muito disposto a dar minutos para um novato.

 

Paysandu SuperSonics – Selo Propagandas do Marcola

Arnoldas Kulboka, SF

O Paysandu SuperSonics entrou no draft com apenas uma escolha de segunda rodada e um objetivo bem óbvio: garantir flexibilidade na folha salarial. Então, diante da proposta que tinha para o recrutamento, a franquia foi bem e fez aquilo que dava. Os Sonics draftaram o ala lituano Arnoldas Kulboka e posteriormente o trocaram pelo ucranino Issuf Sanon. Tanto Kulboka quanto Sanon não estão prontos para o jogo da NBA e devem ficar mais alguns anos na Europa.

O interessante é que o GM da franquia, Luís Fernando Carvalho, viajou até a Ucrânia para observar o jogo de Sanon e ficou impressionado com o potencial e a atitude do garoto de 19 anos. Resta saber quantos anos o menino ficará no Velho Continente e como desenvolverá o seu jogo.

 

“-Nem imagem eles merecem-“

Kurosaki Falcons, Palmas Hell Heat e Maputo Red Eagles – sem selo

Três franquias não tiveram escolhas neste ano e não participaram da brincadeira, por isso não há como avalia-las. Se tivesse uma escolha, o Kurosaki Falcons poderia ter tentado draftar um dos vários alas-armadores disponíveis no recrutamento e preencher a principal lacuna do time atualmente.

O Palmas Hell Heat também poderia adicionar talento ao seu plantel. Ao contrário do Falcons, no entanto, o Hell Heat carece de bons jogadores em mais posições e certamente sentirá falta das duas escolhas a que tinha direito.

Por fim, o Maputo Red Eagles dificilmente teria espaço na folha salarial para os salários de novato, então talvez tenha sido uma boa ter ficado sem escolhas de draft neste ano.